A Tubagem Infinita de Mo Ehsani
Um Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade do Arizona criou um conceito que poderá revolucionar a indústria de fabrico de tubagens para construção civil. Mo Ehsani, utilizou polímeros reforçados com fibras (FRP) – grelhas poliméricas recobertas com camadas de fibra de carbono impregnadas com resina epoxy – e um método construtivo inovador que, em teoria, permite criar uma tubagem de comprimento infinito.
A utilização de tubagens em construção civil recorre tradicionalmente à pré-fabricação, com betão, aço, ferro fundido ou polímeros, entre outros. As tubagens, de comprimento e diâmetro standard, são então transportadas para a obra e assentadas.
O sistema InfinitPipe, criado pelo Professor Ehsani, aposta no fabrico in-situ da tubagem, de acordo com as necessidades específicas da obra em termos de secção, de comprimento e alinhamento longitudinal da tubagem.
O processo de fabrico do InfinitPipe consiste em envolver um molde tubular, de diâmetro ajustável, com camadas de grelha plástica e fibra de carbono ou fibra de vidro, impregnada com resina epoxy de secagem rápida. Após a secagem, a tubagem desenforma-se facilmente, podendo deslizar ao longo do molde e ser acrescentada uma nova secção. É esta particularidade do processo que permite o fabrico de tubagens sem juntas de assemblagem e, teoricamente, sem limite de comprimento.
A ausência de juntas diminui radicalmente a probabilidade de fugas, o que é importante quando o líquido transportado é água, mas imprescindível quando se trata de águas residuais e fluidos inflamáveis ou tóxicos.
O processo prevê que o dispositivo de fabrico automático possa ser montado num veículo, que se vai movendo à medida que a tubagem é criada e assentada em obra.
Este processo é também mais sustentável, pois elimina a necessidade de transporte de tubagens para a obra. Apenas são transportados os materiais para fabrico, que possuem um peso bastante inferior aos materiais “tradicionais” – estas tubagens têm apenas 15% do peso de tubagens correntes com a mesma resistência.
Também os custos de manutenção são menores, uma vez que os FRP não estão sujeitos a corrosão e não necessitam de proteção catódica.
Ainda este ano, vai ser pela primeira vez utilizado o InfinitPipe em larga escala, numa obra de cerca de 11 milhões de dólares que faz parte do projeto de abastecimento de água de Navajo-Gallup.
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