Investigadores espanhóis desenvolvem sistema para redução de congestionamentos de tráfego em rotundas
Uma equipa de investigadores da Universidade Politécnica de Valência (UPV) está a desenvolver um sistema avançado de controlo localizado de tráfego que poderá permitir a redução drástica de engarrafamentos em rotundas. A tecnologia faz uso de sensores magnéticos embebidos na superfície de pavimentos rodoviários para detetar a aproximação de veículos à rotunda.
Uma das principais virtudes das rotundas é a possibilidade dos veículos circularem de forma eficiente, fluida e segura, sem necessidade de paragens constantes. No entanto, em determinados casos, os fluxos de tráfego podem ser de tal forma desequilibrados, que originam a ocorrência de congestionamentos de tráfego crónicos, de correção por vezes complexa.
Uma das soluções para colmatação deste tipo de situações, frequentemente proposta pelo engenheiros de traçado rodoviário, é a utilização de rotundas de maior diâmetro, aumento do número de vias ou incorporação de sistemas de semaforização.
Dependendo da situação, estas soluções construtivas corretivas ou preventivas nem sempre são eficazes, estando frequentemente limitadas do ponto de vista ambiental e implicando investimentos avultados.
É precisamente nestas situações, que a tecnologia desenvolvida pela UPV tem um papel importante. Os engenheiros espanhóis propõem a implementação de um sistema inteligente de controlo de tráfego que tem como base os dados recolhidos por sensores magnéticos semelhantes aos existentes nos pavimentos de alguns acessos de autoestradas, vulgarmente conhecidos como “espiras de tráfego”.
Com base nos dados recolhidos através destes sensores magnéticos, o sistema permite, por intermédio de mecanismos de semaforização, racionar o número de veículos que acedem a uma determinada entrada na rotunda a partir de vias de acesso direto ou indireto.
O objetivo não é transformar rotundas correntes em rotundas semaforizadas mas antes regular o tráfego em determinadas vias de acesso às rotundas, de acordo com as necessidades. Isto permite a redução significativa das paragens à entrada das rotundas e das emissões poluentes decorrentes das situações de “pára-arranca”.
A solução foi testada com sucesso numa rotunda em El Saler, Valência, tendo a universidade espanhola publicado um guia com detalhes da implementação. A utilização do sistema neste caso específico teve um custo de pouco mais de 14 mil Euros.
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