Aditivo inovador para betão permite otimizar construção de estruturas de Engenharia Civil
A Nanogence, uma empresa spinoff da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, criou um novo tipo de aditivo para argamassas cimentícias que poderá revolucionar a indústria do betão pronto. O novo aditivo permite, entre outros, controlar com elevada precisão o tempo de cura do betão e prevenir a deterioração prematura das armaduras metálicas de reforço.
De acordo com a localização geográfica e características ambientais de uma determinada obra, diferentes tipos de aditivos para betão são utilizados de forma a permitir que o mesmo tenha propriedades ideais quando aplicado. Por exemplo para uma obra de infraestrutura localizada num centro urbano congestionado, interessa aos fabricantes utilizarem um tipo de aditivo que garanta que a argamassa não se altere em demasia durante a demorada viagem entre a central de betão e a obra.
O novo aditivo da Nanogence facilita esse processo, ao permitir regular a consistência e tempo de cura através do aumento ou redução da percentagem de incorporação.
O aditivo é inorgânico, não incorporando carbono, o que possibilita a eliminação dos problemas associados à porosidade que conduzem à carbonatação e deterioração do betão.
A ideia para o desenvolvimento do novo aditivo nasceu do estudo detalhado da estrutura nanoscópica do betão, efetuada pelo fundador da Nanogence durante a realização da sua tese na Escola Politécnica Federal de Lausanne.
Recorrendo a processos nanotecnológicos, a equipa da Nanogence conseguiu sintetizar a nova substância.
A spinoff da EPFL está atualmente a desenvolver uma variação do aditivo que possa ser usado com betão branco.
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