Aproveitamento do calor gerado em datacenters para aquecimento de edifícios residenciais
Investigadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) estão a estudar a viabilidade técnica e económica da utilização do calor gerado em grandes centros de dados (datacenters), no aquecimento de edifícios residenciais.
Estas massivas infraestruturas informáticas utilizam enormes quantidades de energia durante a sua operação. Uma parte muito significativa da eletricidade consumida, cerca de 40%, é usada não para fazer funcionar os servidores, mas antes na sua ventilação e arrefecimento.
Por exemplo, na Suíça, onde a EPFL esta sediada, os centros de dados consomem cerca de 1.1 TWh, um valor sensivelmente equivalente a 2% dos gastos energéticos do país.
Por outro lado as casas suíças consomem 5.7 TWh no aquecimento do ar e da água doméstica, sendo que 80% desta energia é importada de outros países.
Tornar aquele país mais autónomo do ponto de vista energético não é uma tarefa fácil, sobretudo devido à sua localização e características climatéricas e morfológicas.
Por estas razões, a utilização do calor gerado em datacenters no aquecimento de edifícios residenciais pode ser uma alternativa para um futuro mais sustentável em países como a Suíça, especialmente dado o incrível ritmo de criação de novos datacenters e seu crescente consumo energético (que deverá mais do que duplicar a cada cinco anos, durante as próximas décadas).
Do ponto de vista técnico há duas hipóteses possíveis. Ou se conduz o calor desde os centros industriais, onde se localizam os datacenters, até às zonas residenciais ou, por outro lado, se deslocalizam os equipamentos informáticos dos centros de dados para as residências.
Cada uma das duas soluções apresenta vantagens e inconvenientes, sendo que a deslocalização dos servidores implica a redução da segurança física do equipamento e a existência de ligações de rede de muito elevada largura de banda em zonas urbanas residenciais. Os investigadores preveem também que a segunda alternativa apresente problemas do ponto de vista da manutenção on-site e a triplicação dos custos associados.
Fonte: EPFL
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