Engenheiros russos utilizam calor para detetar danos estruturais invisíveis em elementos de betão

Uma equipa formada por investigadores da Universidade Politécnica de Tomsk e da NTC Tekhnika, na Rússia, está a desenvolver uma nova técnica de inspeção e ensaio não destrutivo que utiliza imagens térmicas para a deteção de corrosão em armaduras de elementos de betão armado.

A técnica, dirigida à monitorização da saúde estrutural de infraestruturas ferroviárias, permite a identificação, de forma mais rápida e eficiente que os métodos tradicionais, de degradação no seio de elementos de betão.

A eficácia do novo método de inspeção e ensaio está a ser testada em linhas ferroviárias da região de Tomsk, em particular na deteção de patologia estrutural em maciços de betão que servem de base aos postes elétricos de catenária. Estes maciços, que têm uma vida útil de serviço bastante variável, mas que pode chegar aos 50 anos, são inspecionados regularmente utilizando ensaios ultrassónicos, que se tornam bastante morosos, especialmente em redes ferroviárias com alguma dimensão.

Para testar um pilar, este é envolvido por um indutor que permite o aumento ligeiro da temperatura, em apenas alguns graus, da armadura no interior do maciço. O calor irradiado pela armadura é então analisado através de câmaras infravermelhas que podem ser instaladas a vários metros de distância. O termograma gerado pelo sistema permite aos engenheiros identificar padrões de calor correspondentes a elementos estruturais sãos ou com armaduras danificadas por corrosão.

Os investigadores russos estão igualmente a desenvolver algoritmos que permitem a análise computorizada dos dados recolhidos, possibilitando a automação do processo e a identificação in-situ, de forma imediata e sistemática, de elementos estruturais degradados.

Fonte: EngenhariaCivil.com; Universidade Politécnica de Tomsk




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