Inovadora Camada Protetora Para Betão Criada na Coreia do Sul
Uma equipa de investigadores da Universidade de Yonsei, na Coreia do Sul criou uma camada protetora para estruturas de betão, que permite a auto-reparação deste material. Ao contrário de outras soluções como o Biobetão, que usa agentes biológicos para promover o enchimento de cavidades, este novo material integra micro-cápsulas de uma substância selante, que se rompem quando surgem fendas no betão.
O grupo de pesquisa, liderado pelo Engenheiro Químico, Chan-Moon Chung, prevê que a aplicação desta camada protetora se possa estender a qualquer tipo de estrutura de betão armado, incluindo edifícios, pontes ou pavimentos rodoviários.
A forma como a selagem de fendas se processa tem características completamente distintas das existentes em outras soluções de auto-reparação. Em geral é necessária a existência de um catalisador para que tenha lugar uma reação que permita a produção do produto selante, como no exemplo referido anteriormente, o Biobetão, que contém na sua constituição bactérias produtoras de calcite, que são ativadas quando em contacto com um meio ácido. Por outro lado estes não são soluções de revestimento, sendo a propriedade selante integrada no próprio material, o que dificulta ou impossibilita a sua utilização em estruturas pré-existentes.
A nova camada protetora, ao integrar micro-cápsulas de uma substância selante denominada MAT-PDMS (metacrilato-loxipropil polidimetilsiloxano) permite que quando a matriz de revestimento se rompe, quer seja através de perfuração ou tração potenciada pela abertura de fissuras, as cápsulas se abram libertando a substância selante. Ainda fluído, o MAT-PDMS vai penetrar nos espaços abertos no betão resultantes da patologia.
O processo é finalizado com o endurecimento do material, por exposição à luz solar, facilitado pela presença de um foto-iniciador.
De acordo com Chan-Moon Chung, este constitui o primeiro revestimento protetor que, integrando micro-cápsulas, promove a auto-reparação através de foto-indução, de forma prática e eficaz, tornando a zona selada estável e impermeável. O investigador realça ainda o seu caráter ambiental e sustentabilidade, resultante do seu baixo custo.
Fontes: American Chemical Society
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