Casas solares ativas mais eficientes com o projeto “Heizsolar”

Investigadores alemães do Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar (ISE), em Friburgo, do Instituto Solar e de Engenharia Térmica em Estugarda, da Universidade Técnica Ilmenau e do Instituto Sonnenhaus estão a estudar formas mais eficientes de otimizar o desempenho das chamadas Casas Solares Ativas. Juntos criaram o Projeto “Heizsolar” que monitorizou, em detalhe, o funcionamento de nove casas solares ativas, durante longos períodos de tempo.

As casas solares ativas são capazes de se aquecer, de forma muito eficiente, através do uso de coletores térmicos instalados nas coberturas e reservatórios de grandes dimensões onde a água aquecida pelo calor do sol é armazenada.
Os sistemas solares ativos, permitem o aquecimento tanto da água de uso doméstico como dos compartimentos interiores.
Geralmente dotadas de isolamento térmico melhorado, as casas solares ativas recorrem de forma quase exclusiva à energia solar para suprir as necessidades de aquecimento.

A Alemanha e países fronteiriços, como a Suíça e Áustria contam já com perto de dois milhares de casas solares ativas, sendo estas encaradas, especialmente nos países do Norte da Europa, como alternativa viável e preferencial às chamadas Casas Passivas.

O Projeto “Heizsolar” foi o primeiro do seu género a possibilitar, de forma científica e sistemática, avaliar a eficiência real das casas solares ativas.
A grande quantidade de dados recolhidos permitirá, nos próximos anos, o desenvolvimento de modelos e tecnologias solares mais avançadas, que permitirão tornar as casas solares ativas ainda mais baratas e eficientes.

O estudo permitiu concluir também que casas 100% solares, nas quais toda a energia usada provém do sol, requerem um investimento inicial demasiado elevado e necessitam de uma quantidade de espaço significativo para albergar o equipamento, nomeadamente as unidades de armazenamento de calor. Os investigadores consideram por isso que, no presente, a construção de casas 60% solares é a aposta mais viável e sustentável.

No entanto iniciativas como o Projeto “Heizsolar” poderão mudar essa realidade muito rapidamente, possibilitando a redução da dimensão dos reservatórios de armazenamento de água quente e restante equipamento.

 




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