Encurvadura em Pilares Esbeltos de Betão Armado

O comportamento de pilares esbeltos de betão armado tem sido largamente estudado nas últimas décadas, com o desenvolvimento de modelos matemáticos para avaliação da sua rigidez e da sua capacidade última. Estes modelos não consideram, no entanto, a influência de todas as variáveis inerentes ao fenómeno da encurvadura nas relações que envolvem a carga, os momentos flectores e as curvaturas associadas.

No caso de pilares esbeltos que fazem parte de estruturas porticadas com múltiplos andares, verifica-se ainda uma maior complexidade do fenómeno da encurvadura, já que existe a interacção entre as diferentes peças constituintes da estrutura, que se traduz em redistribuições de momentos flectores e de esforços transversos de umas secções para outras menos esforçadas.
Assim, verifica-se uma certa prudência por parte dos projectistas na opção por soluções mais arrojadas em termos de valores de esbelteza dos pilares, que é fruto do insuficiente conhecimento do fenómeno.

 

Texto baseado no original de Maria Isabel Brito Valente

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