Como Serão as Nossas Estradas em 2050

Depois de dar a conhecer a sua visão do Futuro das Infraestruturas Ferroviárias, a Arup divulgou agora um relatório sobre o futuro das estradas. Nele, a multinacional da engenharia e construção, explica como as tecnologias solares, os materiais fosforescentes, os sistemas inteligentes de comunicação entre veículos, o betão auto-curável e a Internet das Coisas vão moldar as infraestruturas rodoviárias até 2050.

A análise de tendências da Arup tem como base as mudanças climáticas, o esgotamento de recursos, as alterações do comportamento humano, a rápida urbanização e o incremento da deslocação das populações para as cidades, que conterão, daqui a pouco mais de trinta anos, cerca de 75% da massa humana.
Partindo desta base, o relatório aponta a necessidade de aumentar a capacidade dos meios de transporte de mercadorias e melhorar significativamente a mobilidade individual.

No que diz respeito às vias de comunicação, a Arup aponta a necessidade, com o aumento exponencial do número de utilizadores das estradas, de minimizar o impacto e frequência dos trabalhos de manutenção e apostar na sustentabilidade operativa. Para isto acontecer, é determinante o avanço nos estudos de novos materiais capazes de se auto-repararem e cuja produção tenha custos ambientais significativamente inferiores aos atuais.
São também referidas no relatório as soluções solares para pavimentos rodoviários, sendo dada especial relevância àquelas que apostam na substituição progressiva dos pavimentos betuminosos e de betão por painéis fotovoltaicos com superfícies especialmente concebidas para manter as boas condições de circulação.
Estes sistemas solares rodoviários permitem, além da recolha de energia do sol e autonomia elétrica das infraestruturas, a implementação de sinalização vertical e horizontal dinâmica, por intermédio de tecnologia LED.

Relativamente aos veículos, cujo número em circulação deverá aumentar para dois mil milhões até 2030, a Arup antevê a mudança dos padrões de propriedade passando os utentes das estradas a circular em veículos alugados em vez de veículos próprios.
Com o desenvolvimento da capacidade das baterias e consequente melhoria da autonomia, os veículos elétricos serão a vasta maioria nas nossas estradas, sendo equipados com sistemas de navegação completamente automáticos e tecnologias de circulação autónoma.
Os carros serão mais inteligentes e estarão em constante contacto com a Internet, baseando o seu comportamento nas informações de volumes e características do tráfego e condições climatéricas.

 

Fonte: Arup via Marina Miceli – Europe Press Office




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