O uso de inibidores de corrosão não-tóxicos em estruturas metálicas
Investigadores da Agência de Pesquisa, Tecnologia e Ciência (A*STAR), em Singapura, estão a estudar as vantagens e eficiência de Molibdatos na proteção contra a corrosão de estruturas de aço, com o objetivo de encontrar alternativas, mais amigas do ambiente, aos inibidores de corrosão tradicionais.
A corrosão do aço estrutural representa um custo muito significativo para a indústria da construção, pelo que a utilização de inibidores de corrosão é essencial para a manutenção da sustentabilidade do setor da construção metálica. Tradicionalmente estes produtos são fabricados com base em Nitrito de Cálcio, uma substância tóxica para os humanos e que pode ter consequências nefastas para o ambiente.
No âmbito de um programa promovido pela A*STAR, engenheiros da Universidade Nacional de Singapura e do Instituto de Tecnologias de Fabrico de Singapura, estão a estudar o uso de Molibdatos como alternativa mais segura e ambiental aos inibidores de corrosão tradicionais.
Os Molibdatos não são tóxicos e permitem a proteção do aço da corrosão através de um processo de adsorção competitiva com Cloretos, em presença de catiões de Cálcio. Este processo possibilita a deposição de finas camadas de Molibdato de Cálcio ao longo da superfície dos elementos de aço
Para avaliar a eficácia dos Molibdatos na proteção contra a corrosão, os investigadores de Singapura desenvolveram uma técnica inovadora, que utiliza processos eletroquímicos para estimar a progressão da corrosão durante um período de tempo alargado.
O estudo permitiu perceber, por exemplo, que o uso de Molibdato de Cálcio necessita de um controlo de qualidade apertado para a proteção ser eficiente. Isto porque a cobertura deficiente ou não uniforme da superfície dos elementos de aço pode levar a taxas de corrosão superiores às que ocorrem em elementos sem qualquer tratamento com inibidores de corrosão.
No entanto, uma aplicação monitorizada e um controlo eficiente da composição das substâncias protetoras, permite que o Molibdato de Cálcio se distribua facilmente e de forma uniforme ao longo das superfícies a tratar, levando a um aumento muito substancial da proteção contra a corrosão.
Fonte: EngenhariaCivil.com; A*STAR
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