MIT utiliza inteligência artificial para otimizar a construção de parques eólicos

Uma equipa de investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) apresentou recentemente, por ocasião da Conferência Internacional Conjunta de Inteligência Artificial (IJCAI 2015), uma nova metodologia de base estatística que permite otimizar a localização de torres eólicas. A nova técnica do MIT possibilita a previsão da capacidade de geração energética de parques eólicos, com muito maior rapidez que os métodos tradicionalmente usados.

Enquanto as técnicas correntes para otimização da localização parques eólicos, fazem uso de dados recolhidos em campo durante períodos que podem variar entre 8 meses a 1 ano, o método dos investigadores do MIT pode ser aplicado após apenas 3 meses de medições das características do vento.

Tradicionalmente os consultores de engenharia recorrem a mecanismos simples para estimar o potencial gerador de um dado local, modelando correlações nos dados eólicos através de distribuições gaussianas.
O método do MIT para parques eólicos, além de permitir a integração de dados de múltiplas estações meteorológicas no modelo de cálculo, tem também em conta medições efetuadas em diferentes locais e possibilita o estabelecimento de correlações não-lineares entre séries de dados, não se restringindo a técnicas estatísticas triviais.

A validade do modelo foi testada pela primeira vez durante o projeto de instalação de uma turbina eólica na cobertura do Museu do MIT. Com dados anemométricos referentes a apenas três meses, o novo método do MIT permitiu prever as velocidades do vento durante um período superior a dois anos, com uma exatidão três vezes superior ao que os métodos tradicionais ofereceriam para dados correspondentes a oito meses de medições.

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