Investigadores norte-americanos desenvolvem plataforma avançada de avaliação de risco em pontes
Uma equipa de investigadores da Universidade de Lehigh está a desenvolver uma plataforma avançada de avaliação de risco em pontes sujeitas a eventos hidrológicos extremos. Os modelos utilizados têm pela primeira vez em conta os vários modos de rotura mais comuns em pontes expostas a inundações, tsunamis ou furacões.
O trabalho que está a ser desenvolvido pelos engenheiros norte-americanos preenche uma lacuna na forma como o risco é tradicionalmente avaliado ao longo do ciclo de vida das pontes. Ao contrário dos anteriores, este novo modelo tem em conta, em simultâneo, os modos de rotura em tabuleiros, pilares e fundações, o que permite ter uma ideia mais precisa de como o nível de risco evolui ao longo do tempo.
A plataforma permite calcular o impacto de ações de reabilitação e reforço nos modos de rotura possíveis, em termos de probabilidade global de rotura, risco, e rácio benefício-custo, através de técnicas de modelação que usam árvores de eventos.
Isto permite fazer face a situações em que diferentes opções de reabilitação resultam numa redução da probabilidade global de rotura das pontes, mas não dão origem à redução unilateral do risco. Por exemplo a reabilitação do tabuleiro diminui a probabilidade de rotura do tabuleiro, mas, utilizando modelos tradicionais, poderia dar origem ao aumento da probabilidade de risco da fundação. Como as consequências da rotura das fundações são mais gravosas, a reabilitação do tabuleiro daria por isso origem ao aumento global do risco.
O uso da plataforma pode ser benefícios mensuráveis na escolha da forma como os dinheiros públicos são aplicados na reabilitação da infraestrutura existente. Permite igualmente ter uma ideia mais aproximada de qual a abordagem que resulta em maiores benefícios no que diz respeito custo-eficiência, tanto em fase de dimensionamento, como de construção e manutenção de pontes.
A análise a longo prazo, que tem em conta o ciclo de vida das estruturas, permite que os decisores e engenheiros civis possam trabalhar em conjunto para otimizar os custos, não fazendo escolhas apenas com base no investimento inicial, mas em vez disso tendo em conta uma perspetiva mais geral e mais abrangente.
Fonte: EngenhariaCivil.com; Universidade de Lehigh
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