Sistema de realidade aumentada permite a Engenheiros Civis terem uma visão de Raio-X de infraestruturas urbanas subterrâneas
Um consórcio formado por unidades de investigação e empresas de tecnologia de seis países europeus está a desenvolver um projeto que visa a aplicação de tecnologias móveis inovadoras à manutenção de infraestruturas urbanas. A iniciativa “LARA” permitirá a Engenheiros Civis e outros técnicos terem uma visão de Raio-X das redes de águas, energia e comunicações.
O sistema, desenvolvido no âmbito da iniciativa LARA, que conta com o financiamento da União Europeia, utiliza equipamento portátil de baixo custo, tal como smartphones e tablets, para permitir aos intervenientes de operações de manutenção de infraestrutura subterrânea, verem o que se encontra debaixo dos seus pés.
Para tal o sistema recorre a dados geoespaciais detalhados, dados GNSS e informação geográfica proveniente de sistemas GIS para representar, com elevada precisão, modelos virtuais das redes subterrâneas de água, gás, esgotos e eletricidade. Estes modelos são sobrepostos à realidade, permitindo aos técnicos terem uma perceção mais intuitiva da localização e orientação dos diferentes elementos das redes de infraestruturas urbanas.
A tecnologia GNSS utilizada no sistema permite uma operação de grande autonomia e elevada precisão, possibilitando a representação dos modelos com erros de apenas alguns centímetros. Este é um ponto chave do sistema, uma vez que a localização exata das redes é essencial para garantir a segurança dos trabalhadores, minimizando a possibilidade de danificar os diferentes componentes da infraestrutura, durante operações de escavação.
A capacidade de obter a localização exata das redes urbanas subterrâneas, num ambiente de realidade aumentada, possibilita igualmente que as intervenções sejam mais rápidas, o que resulta numa redução significativa dos custos globais de manutenção.
Embora os primeiros protótipos do sistema já sejam funcionais, os investigadores estão a melhorar as suas características de usabilidade e a sua autonomia, de forma a que o produto final possa ter um impacto positivo na competitividade da indústria europeia da construção, em particular no setor de manutenção de infraestruturas.
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