Governo Australiano vai instalar sensores em espaços públicos para tornar cidades mais inteligentes
O Departamento de Infraestrutura, Desenvolvimento Regional e Cidades do Governo Australiano está por detrás de um programa de desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para cidades inteligentes, que permitam melhorar a qualidade de vida e sustentabilidade dos centros urbanos.
Um dos projetos de destaque daquele programa centra-se na instalação de sensores em espaços públicos para tornar as cidades mais inteligentes e sociáveis.
Os sensores, colocados em pontos estratégicos dos centros urbanos, permitiriam a recolha de um conjunto alargado de dados respeitantes ao movimento das pessoas e veículos. Esta informação é de grande valor não só para a gestão da infraestrutura urbana, mas principalmente para o planeamento da forma como as cidades podem evoluir para melhor se adaptarem às preferências dos cidadãos.
Numa primeira fase de testes está planeada a instalação de sensores em mobiliário urbano, em particular mobiliário de parques públicos, tal como mesas de piquenique, bebedouros, caixotes do lixo, bancos de jardim, tomadas elétricas públicas e postes de iluminação.
Os sensores irão fornecer informação sobre a forma como os diferentes elementos são usados, com especial destaque para o uso de água e energia. Os dados serão usados para melhorar a amenidade e experiência do utente dos parques públicos, ajudando os planeadores urbanos a gerir e transformar esses espaços de forma mais eficiente.
Um exemplo simples é a recolha de informação sobre o uso de bancos de jardim. A análise dos dados recolhidos permite aos gestores dos espaços alterar o posicionamento dos bancos pouco usados de forma a que possam servir o máximo número de pessoas.
Outro exemplo é a medição em tempo real, através de sensores adequados, do nível dos caixotes de lixo, o que permite saber quando os caixotes atingiram o seu limite máximo e detetar unidades que são raramente usadas devido à sua localização pouco adequada.
Este tipo de tecnologia levanta, no entanto, sérias questões de privacidade. Embora os benefícios possam ser significativos no que diz respeito à otimização dos espaços públicos, a recolha de informação comportamental dos cidadãos, mesmo que por entidades públicas, é quase sempre intrusiva e indesejável, pelo que medidas adequadas de anonimização e proteção de dados têm de ser tidas em conta.
Fonte: EngenhariaCivil.com; The Conversation
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