Britânicos vão utilizar sensores sem fios para tornar as interseções ferroviárias mais seguras

Investigadores do Instituto de Pesquisa Ferroviária (IRR) da Universidade de Huddersfield, no Reino Unido, estão a estudar a possibilidade de utilização de micro sensores com tecnologia de comunicação sem fios para a monitorização de interseções de vias ferroviárias com rodoviárias.

Estas redes de sensores, alimentadas exclusivamente através da energia recolhida da vibração dos carris, têm potencial para incrementar significativamente a eficiência e segurança das interseções.

O estudo, que é financiado pelo Departamento de Transportes (DfT), fará a análise técnica e económica da implementação desta tecnologia sustentável que dispensa alimentação elétrica da rede pública e permite o controlo mais eficiente do fecho e abertura dos portões em atravessamentos ferroviários automatizados.

De acordo com o IRR, no Reino Unido existem 6599 interseções automáticas, pelo que o uso desta rede global de sensores teria um impacto muito significativo tanto no que diz respeito aos gastos energéticos como à redução dos acidentes.

Uma vez que não é necessária a utilização de qualquer tipo de condutas ou cablagem, a instalação do equipamento de sensorização é bastante simples e rápida, pelo que as perturbações no normal funcionamento, decorrentes da adoção da tecnologia, são praticamente inexistentes.

Também os custos de instalação seriam reduzidos, passando-se das 500 mil libras que o equipamento tradicional de deteção custa, para um valor inferior a 20 mil libras, que possui uma maior durabilidade e oferece maior fiabilidade, devido principalmente ao seu funcionamento redundante em rede. Se um dos sensores falhar, os restantes assumem as suas funções sem nunca ser necessária a interrupção do serviço.

Além da deteção do movimento das composições ferroviárias, o conjunto de sensores permite a medição da amplitude das vibrações do carris, pelo podem ser igualmente utilizados para a monitorização do seu estado de conservação.




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