Uma Tubagem com Monitorização Estrutural Integrada

A Fundação para a Pesquisa Científica e Industrial (SINTEF) desenvolveu um novo tipo de pipeline inteligente, capaz de se fornecer dados, em tempo real, sobre a sua condição estrutural. Aquela organização norueguesa de investigação avançou com o estudo, de 25 milhões de euros, em 2006 tendo, nos últimos anos, aperfeiçoado progressivamente a tecnologia.

Ao invés de campanhas de inspeção periódicas, geralmente efetuadas a cada cinco anos, o SmartPipe possibilita uma monitorização contínua e deteção imediata de diferentes tipos de degradações que possam colocar em risco a estanquidade e funcionamento ótimo da tubagem.

O sistema é constituído por cintas que são instaladas, a cada 24 metros, ao longo do comprimento das condutas. Estas cintas contêm uma multitude de sensores que permitem a recolha de dados preciosos sobre a integridade estrutural do pipeline, o avanço da corrosão ou diferentes parâmetros ambientais. Esses dados são transmitidos através de tecnologias sem fios para uma central localizada em terra ou a bordo de uma embarcação.

A recolha contínua de dados possibilita uma previsão muito mais precisa do desenvolvimento de fenómenos de fadiga estrutural e estimativa do tempo de vida das tubagens.

Os primeiros testes de aplicação em larga escala realizaram-se no ano passado, tendo sido submersos cerca de 200 metros de SmartPipe junto ao porto marítimo da cidade de Orkanger. Os ensaios tiveram resultados muito satisfatórios, tendo os sensores e restantes componentes eletrónicos assumido o comportamento esperado, com uma transmissão estável de informação para terra.

O SmartPipe foi desenvolvido através da colaboração da SINTEF com grandes empresas tecnológicas, com extenso know-how no setor de exploração offshore de recursos, como a Bredero Shaw, a Force Technology, a Siemens Subsea ou a ebm-papst.

 

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