Soluções construtivas sustentáveis na primeira unidade da Kerakoll em Portugal
A Kerakoll, empresa no setor da construção sustentável, inaugurou recentemente a sua primeira unidade produtiva em Portugal. O projeto de arquitetura, da autoria do gabinete Ad Quadratum arquitetos, destaca-se pelas soluções construtivas adotadas de sustentabilidade e poupança energética. A unidade está instalada no Parque de Negócios de Rio Maior, no distrito de Santarém.
Com um investimento de mais de 11 milhões de euros e o envolvimento de uma equipa especializada nas várias áreas de intervenção, a nova fábrica de Rio Maior foi construída em menos de um ano: estende-se numa superfície total de 19.000 m2, dos quais 6.600 m2 cobertos, e com uma capacidade produtiva de cerca de 60.000 ton/ano. O projeto de natureza industrial, visou edificar uma unidade com funções de fabrico, armazenagem, áreas administrativas e sociais, áreas técnicas e logísticas, tendo como denominador comum em todas as áreas de intervenção o foco na sustentabilidade ambiental. Assim, nesta unidade foram instalados 900 m2 de sistemas para isolamento térmico e 443 painéis fotovoltaicos que garantem a produção anual de 55% da energia eléctrica e de 70% da água quente necessária.
Este projeto foi ainda norteado por um diverso conjunto de outros investimentos de carácter ambiental como o são exemplo as medidas de atenuação de ruído e poeiras, a produção de energia a partir de fontes renováveis (fotovoltaica), o uso extensivo de plantas em jardins e fachadas como medidas passivas e sustentáveis de controlo térmico e solar.
José António Lopes foi o arquiteto responsável pelo projeto de arquitetura desta nova unidade, tendo desenhado um projeto onde todas as condicionantes urbanísticas e regulamentares foram devidamente observadas. “Para além do enquadramento genérico no Plano Director Municipal de Rio Maior, a pretensão encontrou especial enquadramento no Loteamento resultante do Plano de Pormenor do Parque de Negócios de Rio Maior, observando exaustiva e rigorosamente todas as suas condicionantes aplicáveis”, refere o arquiteto. Acrescenta ainda que “a fábrica situa-se próxima da costa atlântica, numa posição estratégica para o aprovisionamento de matérias-primas como areias, carbonato de cálcio e cimentos, permitindo reduzir o tráfego rodoviário, em linha com a vocação sustentável da empresa”.
O conjunto edificado é na sua maioria composto por um piso térreo (nave de armazenagem/fabrico) sendo de excluir o topo nascente que integra áreas administrativas de apoio à produção com dois pisos (térreo e andar) e o topo Poente que acolhe a receção, áreas de formação, comerciais e administrativas com três pisos (térreo e dois andares). Todo o conjunto edificado não excede a cércea máxima de 15 metros sendo de facto a cércea dominante de 11,50 metros.
A nova fábrica portuguesa, parte integrante do plano de desenvolvimento industrial que o Grupo Kerakoll estabeleceu em 2020, reforça a presença do Grupo na Península Ibérica, onde é já ativo com duas unidades produtivas em Espanha, uma em Almazora e outra em Castellón de la Plana. “Portugal é o 9º país em que a Kerakoll reforça a sua presença com uma unidade produtiva: trata-se de um mercado particularmente interessante pela potencialidade de crescimento económico e pelas dinâmicas em perspetiva, especificamente no setor da construção, graças também aos resultados obtidos na luta contra a covid-19 com uma elevada percentagem de população vacinada”, considera Andrea Remotti, Administrador Delegado do Kerakoll Group.
Fonte: Ad Quadratum
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