Wall++ transforma paredes divisórias comuns em paredes inteligentes
Investigadores da Universidade Carnegie Mellon e Disney Research desenvolveram uma tecnologia que permite a transformação de paredes divisórias comuns de edifícios, em paredes inteligentes, capazes de detetar o toque humano, gestos e quais os eletrodomésticos que estão a ser usados.
Entre as capacidades das paredes inteligentes, encontra-se a possibilidade de utilizar interruptores virtuais que permitam controlar a iluminação, ventilação e outros sistemas domésticos. Estes interruptores virtuais, podem ser mudados de posição através de um simples movimento de toque, de acordo com a conveniência do utilizador.
O sistema permite monitorizar a atividade humana nos compartimentos dos edifícios, possibilitando, por exemplo, o ajuste automático da intensidade da iluminação, desligar a televisão e alertar um utilizador que se encontre num compartimento distinto, para o final do ciclo da máquina de lavar roupa.
A passagem de paredes divisórias para infraestrutura inteligente é conseguida com recurso à aplicação de tinta condutora e um conjunto de dispositivos eletrónicos de sensorização de luz, toque e deteção de movimento.
As paredes são elementos construtivos de grande dimensão, que representam uma parte muito significativa da superfície total dos edifícios. Por essa razão, os investigadores tiveram como premissa de desenvolvimento, a criação de uma solução de baixo custo, que pudesse ser utilizada pelo proprietário residencial comum. Dessa forma, o sistema permite a transformação de paredes comuns em paredes inteligentes a um custo relativamente reduzido, estimado em apenas cerca de 20 dólares por metro quadrado de parede.
A facilidade de aplicação da tinta condutora também foi uma prioridade, pelo que os engenheiros norte-americanos optaram por uma solução que integra tinta à base de água contendo níquel. Além de poder ser aplicada com um rolo de tinta comum, esta tinta condutora, permite baixar os custos de materiais e mão de obra.
Os elétrodos obtidos através da aplicação da tinta condutora em padrões específicos, podem operar em dois modos. O primeiro modo é dirigido à sensorização capacitiva, em que as paredes funcionam como uma espécie de “touch-pad”, sendo os campos eletrostáticos modelados de acordo com a posição e número de pontos de toque.
O segundo é o modo de sensorização eletromagnética, em que os elétrodos conseguem detetar as diferentes assinaturas eletromagnéticas dos vários eletrodomésticos e aparelhos eletrónicos que se encontram no interior dos compartimentos. Este último modo permite ao sistema identificar a posição e o estado de funcionamento dos diferentes aparelhos domésticos.
De forma similar, se um ocupante tiver consigo um aparelho eletrónico, tal como um telemóvel, as paredes inteligentes conseguem detetar a sua posição.
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